George Silk—Time & Life Pictures/Getty Images
O Beisebol não é um esporte muito fácil de se entender e, além disso,
é pouco praticado no Brasil. Assistir pela televisão aos jogos pode se
tornar um tanto chato, mas não porque o jogo não é legal e sim porque
você pouco entende o que se passa, não é? Beisebol é muito mais do que
rebater a bolinha para longe! Através do nosso guia, esperamos ajudá-lo a
perceber isso.
O guia é um pouco extenso, mas pode ser lido em partes. Várias partes
são exemplificadas com vídeos que estão linkados ao longo do texto.
Aproveitem!
Fonte: http://www.mlbbrasil.com.br/o-basico-do-beisebol/
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1 – O Objetivo do Jogo
No beisebol, um time deve anotar mais corridas que o outro para
vencer a partida. Os jogos são divididos em 9 tempos (tempo
regulamentar), que são chamados de “entradas”. Cada entrada é dividida
em duas partes, onde um time ataca de cada vez. Um jogo empatado ao
final da 9ª entrada vai para “entradas extras”. Isso significa que o
jogo nunca terminará empatado (na pré-temporada da MLB isso pode ocorrer
para evitar um desgaste muito grande).
2 – O campo de jogo
O campo de jogo tem basicamente 3 áreas: o campo interno, que é o
quadrado entre as bases; o campo externo, que é a parte “atrás” do campo
interno; e o território foul, que determina a área na qual a rebatida
não é válida. Veja a imagem abaixo:
3- Quem ataca e quem defende?
Como vimos, as entradas são divididas em duas partes. Elas são
chamadas parte alta/topo e parte baixa da entrada. Na parte alta, o time
visitante ataca e o time da casa defende. Na parte baixa, ocorre a
inversão.
O ataque deve anotar corridas para vencer o jogo. Ele faz isso
colocando os jogadores em base e os impulsionando de volta para o Home
Plate. Um Home Run, jogada mais famosa do beisebol, faz o jogador dar a
volta completa nas bases e anotar a corrida. Quem estiver em base,
também voltará ao Home Plate.
Quem verifica a validade das corridas e das rebatidas são os
“umpires”, que são os juízes do jogo. Cada jogo tem 4 umpires, um para
cada base do infield. Ao umpire do Home Plate, cabe a definição da Zona
de Strike (veremos a seguir).
4 – Quantos jogam e quais as posições?
Cada equipe terá 9 jogadores em campo durante todo o jogo: catcher,
arremesador (pitcher), 1ª Base, 2ª Base, 3ª Base, Short Stop, Right
Fielder, Center Fielder e Left Fielder. O que cada um faz?
4.1 – Arremessador
Ed Walsh é o arremessador com menor ERA durante a carreira: 1.82
O arremessador ou pitcher (P) é responsável por realizar os
arremessos do time, procurando eliminar os adversários. É ele que fica
sobre o montinho. O objetivo do arremessador é conseguir um strike. E
ele pode conseguir isso de três jeitos:
- Arremessar a bola na zona de strike* e o rebatedor não tentar a rebatida, o chamado “called strike”;
- Arremessar a bola em qualquer área e o rebatedor, tentando rebater, não obter êxito, o chamado “swinging”;
- O rebatedor rebater a bola para a zona do campo além de foul line, a
chamada “foul”. Este só é contado como strike até a contagem estar com 2
strikes, depois disso, o rebatedor pode rebater infinitas fouls sem ser
eliminado por strikeout.
O “walk” (andada) também acontece aqui. Como? Num arremesso fora da
zona de strike e sem nenhuma ação do rebatedor, ocorre uma “ball”. Com 4
“balls” contra um mesmo rebatedor, o arremessador cede um “walk”. O
“walk” é o passe-livre para a 1ª base. Se a 1ª base estiver ocupada, o
jogador que estava lá passa para a 2ª base automaticamente, cedendo o
lugar ao jogador que recebeu o “walk” do pitcher.
O beisebol tem uma divisão muito precisa de arremessadores. Existem
os arremessadores titulares, que como o nome indica, começam o jogo e os
arremessadores “relievers”, que vêm do bullpen para substituir o
titular.
O ideal é que um arremessador titular fique em campo por 6 ou 7
entradas. Logicamente ele pode ficar mais ou menos tempo. Vai depender
de sua performance e da quantidade de arremessos que já deu. Geralmente,
não se vai muito além da barreira de 100 arremessos num jogo da MLB.
Quando ele permanece em campo durante as nove entradas, diz-se que fez
um “jogo completo”.
O arremessador que vem do bullpen tem função específica e geralmente
não joga mais que uma entrada completa. Só se o arremessador titular
sair muito cedo do jogo. A função mais famosa entre relievers é a de
fechador, que geralmente entra na última entrada quando a diferença é 3
corridas ou menos, e tenta confirmar a vitória. Nesse caso, ele garante
um save.
Exemplos: Justin Verlander, Stephen Strasburg, Matt Cain, CC
Sabathia, Clayton Kershaw (titulares); Jonathan Papelbon, Jason Motte,
Mariano Rivera, Jim Johnson (bullpen/relievers)
* 4.1.1 A Zona de Strike (strike zone)
A zona de strike é uma área imaginária que ficam
acima do Home Plate e tem o seu formato. Ou seja, é um prisma
pentagonal, que tem o home plate como base (largura) no qual o
arremessador deve acertar a bola para conseguir um strike.
As regras do beisebol definem que a zona de strike deve ter seu topo
no ponto médio entre o ombro do rebatedor e a parte mais alta de seu
uniforme. O limite inferior da zona é exatamente abaixo da rótula
(patela) do atleta no bastão.
Na prática, a zona de strike é algo como a figura abaixo, mas pode
variar bastante de umpire para umpire, e até mesmo dentro do jogo.
4.2 – Catcher
Yadier Molina é um dos melhores catchers da MLB atualmente
O catcher (C) é o atleta que fica posicionado atrás do rebatedor
(jogador do time adversário), cheio de equipamentos de proteção. Ele é
responsável por receber os arremessos lançados e não rebatidos. A ele
também cabe a função de definir o tipo de bola que o arremessador vai
mandar e ficar de olho nas bases, para evitar o roubo, já que ele tem
uma visão privilegiada do campo.
É uma posição que exige muito conhecimento do jogo, do seu
arremessador, e dos jogadores adversários. Por isso, uma grande
quantidade de catchers acaba virando manager de Beisebol quando
aposenta.
Não é comum se exigir muito ofensivamente do catcher, uma vez que ele é a base para a defesa do time.
Exemplos: Yadier Molina, Buster Posey, Joe Mauer, Carlos Santana, Brian McCann, Yogi Berra.
4.3 – Primeira Base
Lou Gehrig, um dos maiores de todos os tempo na posição
O 1ª Base (First Baseman – 1B) é responsável por defender o lado
direito do infield e realizar as eliminações na primeira base. O 1ª Base
faz boa parte das defesas que não são eliminações diretas. Como o
corredor tem que chegar lá antes de qualquer outra base, as bolas
rebatidas para o chão têm que chegar antes no 1ª Base para que ele possa
eliminar o rebatedor.
Geralmente se exige que seja um atleta de boa estatura e boa
flexibilidade, uma vez que ele tem que manter o pé na base e tentar
receber a bola do companheiro que a agarrou. Também é importante ter
reflexos rápidos.
Exemplos: Albert Pujols, Mark Teixeira, Joey Votto, Edwin Ercanacion, Adrian Gonzalez, Lou Gherig.
4.4 – Segunda Base
Robinson Canó está entre os melhores 2ª Base atualmente
O 2ª Base (Second Baseman – 2B) fica posicionado no lado
centro-direito do infield, sendo responsável por defendê-lo e pelas
eliminações na segunda base. Tem que ser alguém rápido e que possa se
livrar da bola rapidamente, sendo extremamente importante nas jogadas de
double play.
Exemplos: Robinson Canó, Dustin Pedroia, Chase Utley, Jose Altuve, Roberto Alomar.
4.5 – Shortstop
Cal Ripken jogou todas as partidas dos Orioles durante 17 anos
O shortstop (SS) fica posicionado entre as 2ª e 3ª bases, geralmente
mais próximo da 2ª. É uma uma das posições mais importantes
defensivamente, uma vez que a maioria dos rebatedores é destra e, como
tal, “puxam” a rebatida para o lado esquerdo, resultando em muitas bolas
para o shortstop. Ele faz eliminações em todas as bases, geralmente
lançando a bola para os jogadores em base. Como ele elimina bolas
rasteiras que vão mais longe no infield, um bom Shortstop precisa ter um
braço muito forte e preciso.
Mas o braço forte na defesa não quer dizer necessariamente um bom
braço no bastão e não é raro que a posição seja ocupada por jogadores
que estão ali somente por sua capacidade defensiva.
Exemplos: Derek Jeter, Troy Tulowitzki, Jimmy Rollins, Rafael Furcal, Cal Ripken Jr.
4.6 – Terceira Base
Adrian Beltre soprando uma beisebola na terceira base.
O 3ª Base (Third Baseman – 3B) é responsável por defender o lado
esquerdo do infield e por realizar as eliminações na terceira base. Ele
precisa ter bons reflexos, já que a bola rebatida pode chegar mais
rapidamente na 3ª base (ele é o jogador mais próximo do rebatedor). É
crucial que tenha um braço forte também, para arremessar e eliminar os
jogadores na 1ª Base.
A 3ª Base é conhecida como
hot corner (“esquina quente”) por
sua proximidade com o rebatedor e o fato da maioria ser destra e puxar a
rebatida para lá. A bola costuma passar na 3ª Base com uma velocidade
muito grande, exigindo rápida reação do atleta que está lá.
Exemplos: Adrian Beltre, Miguel Cabrera, David Wright, Evan Longoria, Scott Rollen.
4.7 – Outfielders
Stan Musial virou Outfielder depois de sofrer lesão como arremessador. Foi um dos maiores da história.
Os atletas do Campo Externo precisam de velocidade e capacidade
atlética para fazer defesas mais complicadas. Também é necessário ter um
braço forte, para jogar a bola do Campo Externo até uma das bases.
Exemplos: Mike Trout, Ryan Braun, Matt Kemp, Andrew McCutchen, Carlos Gonzalez, Josh Hamilton, Giancarlo Stanton, Bryce Harper.
4.7.1. O Right Fielder (RF) é responsável por
defender o lado direito do outfield. Geralmente é função executada por
um bom jogador ofensivo e, não necessariamente, tão bom na defesa.
4.7.2. O Center Fielder (CF) é responsável por
defender a porção central do outfield. É o Outfielder mais “completo”.
Geralmente o mais rápido e com melhor braço para lançar a bola para o
infield. É quem coordena as jogadas defensivas entre os Outfielders,
para evitar colisões e erros, portanto, ele tem a autoridade para
“mandar” os outros jogadores saírem da bola e deixarem para ele
defender. Ele vê todos os jogadores em campo, sendo o mais afastado do
campo externo.
4.7.3. O Left Fielder (LF) é responsável por
defender o lado esquerdo do outfield. Geralmente é o Outfielder com o
braço menos forte, por não precisar jogar a bola tão longe. Ainda assim,
como todas as posições localizadas mais à esquerda do campo, recebe
muitas bolas de rebatedores destros.
5 – Duelos no bastão
5.1 – Ordem de rebatida
A ordem de rebatida (
batting order, batting lineup ou lineup) é a sequência na qual o time apresenta seus jogadores para atacar. Cada um na ordem tem uma função específica. Vejamos:
1º da ordem:
rebatedor de ‘leadoff’ – Geralmente é o atleta
mais rápido correndo bases do time. A função dele é chegar em bases e
avançar para uma posição de anotar corrida (2ª e 3ª bases) para que os
rebatedores na sequência possam impulsioná-lo para o Home Plate.
Exemplos: Ichiro Suzuki, Ian Kinsler, Mike Trout, Jose Reyes.
2º da ordem – É um rebatedor com bom aproveitamento no bastão (de preferência na casa de 30%) e capacidade de realizar bons
bunts. Ele deve ajudar o
rebatedor de leadoff
a chegar numa posição de anotar corrida. Eles geralmente também são
bons corredores de base e não necessariamente são rebatedores de
força.Exemplos: Elvis Andrus, Brandon Philips,
3º da ordem – Posição importantíssima. É geralmente onde vemos grandes rebatedores de contato e de força. Alguns
managers
colocam o melhor do time aqui, alguns na 4ª posição. A função do 3º da
ordem é chegar em base e impulsionar o topo da ordem para o Home Plate.
Exemplos: Albert Pujols, Miguel Cabrera, Joey Votto, José Bautista,
Robinson Canó.
4º da ordem:
rebatedor de cleanup: Geralmente o rebatedor mais
“bruto” do time. O mais forte, o com o braço mais calibrado. A função
dele, como o nome indica, é “limpar as bases”. Ou seja, bater um Home
Run e colocar todo mundo de volta no Home Plate. Exemplos: David Ortiz,
Prince Fielder, Alex Rodriguez, Adrian Beltre.
5º da ordem: É o que fecha o “coração da lineup” (3º, 4º e 5º). Deve
ter capacidade de levar os jogadores em base para o Home Plate. Também
deve ser um bom rebatedor de contato e de força, para proteger o 3º e o
4º da ordem, evitando que eles sejam andados intencionalmente. Exemplo:
Nelson Cruz.
6º da ordem: Parecido com o 5º. Na verdade, é uma parte da lineup que
pode mudar de acordo com a fase dos jogadores. Exemplo: David Freese,
Yadier Molina.
7º e 8º da ordem: São rebatedores mais fracos (exceto em lineups com
muito talento). É comum que façam parte do time mais pela habilidade
defensiva que pela capacidade no bastão. Também podem ser os jogadores
mais lentos do time, que causariam muitas eliminações duplas caso
estivessesm no topo da ordem.
9º da ordem: Quando se pode usar um
rebatedor designado, o 9º
da ordem geralmente é um jogador rápido e com bom aproveitamento no
bastão, parecido com o 1º da ordem. Já nas ligas onde os arremessadores
também rebatem, essa é a posição deles.
5.2 – Rebatidas
As rebatidas podem ser: simples, duplas; triplas; inside the park home run e home run.
- Simples (Single): é a rebatida de uma base só. O rebatedor alcança a 1ª base com ela;
- Duplas (Double): rebatidas mutibase. O rebatedor alcança a 2ª base com ela.
Caso a jogada do rebatedor faça com que a bola toque o chão ou o muro
do campo e depois saia dos limites, a rebatida dupla será computada
automaticamente e todos os jogadores em base andarão duas bases
(inclusive o rebatedor);
- Triplas (Triple): rebatidas
multibase. O rebatedor alcança a 3ª base com ela; Geralmente é uma bola
que vai longe do alcance dos Outfielders e ainda apresenta um problema
extra (como bater no muro e ir para mais longe ainda)
- Inside the Park Home Run: o rebatedor vai até a 4ª base (home plate) com sua rebatida sem que ela saia do campo de jogo.
- Home run: o
rebatedor rebate a bola para fora dos limites do campo, na área que não
seja considerada foul. Todos os jogadores em base anotam a corrida
(inclusive o rebatedor).
Pode acontecer também o RBI, que é a corrida impulsionada por uma
rebatida de um jogador do mesmo time, anotando, assim, uma corrida.
5.3 – Eliminações

O objetivo do time que está defendendo é eliminar 3 adversários para
que a entrada alterne da parte alta (topo) para a parte baixa (bottom)
e, por conseqüência, termine. Podem acontecer das seguintes formas:
strikeout; fly out; ground out; force out e tag out.
- Strikeout: ocorre quando o arremessador consegue 3 strikes contra um mesmo rebatedor. Mas
tem um porém: foul balls só contam como strike até o número 2 na
contagem. A partir daí, qualquer foul ball não é considerada um strike. A
atitude de rebater foul balls em arremessos é chamada “proteger a zona
de strike”;
- Fly Out: o
rebatedor rebate a bola que é “agarrada” por um jogador da defesa do
time adversário antes que a bola toque o chão. A eliminação do rebatedor
é automática neste caso;
- Ground Out: ocorre quando após uma rebatida, o jogador de defesa pega a bola depois que ela toca o chão e lança até a 1ª base.
Na 1ª base, há outro defensor pisando nesta base (o “plate”) e caso ele
agarre a bola lançada, elimina o rebatedor desde que ele não tenha
tocado a base;
- Force Out:
ocorre quando o corredor é forçado a correr para a base seguinte, mas
não chega a tempo de tocar a base antes do defensor com o domínio da
bola.
- Tag Out: ocorre quando, entre as bases, o corredor é tocado por um jogador da defesa que esteja com o controle da bola.
6 – Como anotar uma corrida
A base é o local onde o jogador está à salvo e ele lá permanecerá até
que outro rebatedor de seu time consiga uma rebatida válida. É a
ciranda de 4 bases. A corrida é anotada sempre que se chega ao home
plate, que é a 4ª base. Cada corrida vale 1 ponto.
Além da corrida anotada, se avança bases ao roubá-las e com o erro do time adversário.
- Roubar base: quase
como brincar de queimada. Enquanto o corredor pode tentar roubar a base
quando há um rebatedor (de seu time) enfrentando um arremessador. Para
isso, ele deve correr até a base antes que a defesa perceba e o toque
com a bola;
- Erro do adversário: o erro é no setor defensivo, seja por lançamento errado (throw), seja por defesa perdida (fielding).
Erros:
- Lançamento errado (throw): sempre
que um jogador de defesa lançar a bola para outro jogador da defesa e
este lançamento for muito alto, muito baixo ou na direção errada e, com
isso, impossibilitar que a bola seja agarrada. Caso o lançamento seja tão ruim a ponto de parar na arquibancada, cada jogador do ataque avança automaticamente 2 bases;
- Defesa perdida (Fielding): ocorre sempre que um defensor não consegue apanhar a bola em uma situação relativamente fácil.
Por exemplo, quando o Right Fielder não conseguir agarrar a bola se
posicionando de forma errada no campo. Assim, o adversário chega na base
sem ser eliminado.
7 – Glossário
Ninguém entende um jogo de beisebol se não conhecer pelo menos os
termos comumente utilizados durante o jogo, além das regras básicas
vistas acima. Preocupados com isso, reunimos aqui os termos e seus
significados:
Earned Run Average (ERA):
É a média de corridas merecidas cedidas pelo arremessador por nove
entradas arremessadas. É o resultado divisão entre corridas merecidas
cedidas e entradas jogadas multiplicado por 9.
Corrida Merecida (Earned Run, ER): É
a corrida que o time sofre e que o arremessador é considerado o
responsável por ela. Se ele sai do jogo deixando atletas em base, por
exemplo, e esses atletas alcançarem o Home Plate, anotando corridas, os
pontos serão colocados na sua conta.
Rotação: é o
revezamento entre arremessadores (pitchers) titulares. A rotação mais
comum é a de cinco jogadores. A cada jogo, um arremessador começa o
jogo, e assim vai até começar tudo de novo. Assim, um arremessador
titular arremessa com 5 ou 6 dias de descanso.
Reliever: é o
arremessador (pitcher) reserva que entra no decorrer do jogo para
substituir qualquer dos arremessadores, seja o que começou o jogo, seja o
que entrou como substituto do primeiro pitcher. Existem algumas
classificações:
a) Long reliever: é o que entra no lugar do arremessador que iniciou o
jogo logo no começo da partida, seja porque o que começou se lesionou,
seja por estava mal no jogo. Este ano já aconteceu com o New York
Yankees (jogo 2, Hiroki Kuroda saiu com uma lesão na mão, dando lugar a
Cody Eppley); É um arremessador que tem um braço que dura bastante, mas
não o suficiente para começar um jogo ou manter o nível durante 6, 7
entradas.
b) Left-Handed Specialist (Especialista canhoto): substituto que
entra com o propósito específico de eliminar rebatedores canhotos e
garantir uma eliminação;
c) Setup: é um arremessador seguro, que entra na 8ª entrada de um
jogo equilibrado com a missão de garantir a vantagem que seu time tem,
segurando, assim, o jogo para o closer resolver; Geralmente é o segundo
melhor reliever do time.
d) Closer: na maior parte das vezes o closer é o melhor arremessador
do bullpen. Entra na 9ª entrada quando necessário para garantir a
vitória de seu time. Em jogos que o time está vencendo por uma boa
diferença de corridas, o closer não é usado, para poupá-lo.
Bullpen:
local onde os arremessadores reservas fazem o aquecimento. Mas as vezes o
termo é usado para designar o conjunto de arremessadores reservas
(relievers). Exemplo: “o Bullpen do Colorado Rockies é muito forte”.
Pinch Hitter:
é o rebatedor que substitui outro em sua vez de rebater. Pode
acontecer, por exemplo, no final de uma partida, quando o técnico opta
por colocar um rebatedor com mais força, ou que seja mais
seguro/experiente. Uma situação muito comum é o arremessador do time ser
substituído por um
pinch hitter já numa entrada avançada.
Pinch Runner:
substituto de jogador que está em uma das bases. Geralmente, entra no
lugar de um jogador que é lento/pesado, para tentar anotar uma corrida
em entradas avançadas.
Switch Hitter:
é o rebatedor ambidestro. Um trunfo no time, pois se o arremessador
adversário é destro, o switch hitter rebate como canhoto, e vice-versa.
Sweep ou Varrida:
acontece quando um time vence sua série de jogos sem perder nenhum
deles. Nesta temporada regular de 2013, na primeira rodada, tivemos a
varrida do Washington Nationals sobre o Miami Marlins (3-0).
Strikeouts (SO): um strikeout ocorre sempre após três strikes realizados pelo arremessador.
Bases on Balls ou Walks (BB):
acontece toda vez que o pitcher arremessa quatro balls contra um mesmo
rebatedor. O rebatedor tem “passe livre” para a primeira base.
Hit By Pitch (HBP):
um pitcher é creditado com um HBP quando o seu arremesso acerta o
rebatedor, desde que fora da zona de strike, fazendo com que o rebatedor
avance até a primeira base. O umpire também precisa considerar que o
rebatedor tentou se “livrar” da bolada para que o mesmo chegue na
primeira base.
No-hitter:
ocorre quando o arremessador não cede nenhuma rebatida durante as 9
entradas. Se o rebatedor não ceder walk ou hit by pitch, teremos um Jogo
Perfeito, porque ninguém chegou em base.
Wild Pitches (WP): é
quando o pitcher arremessa sem controle total da bola e a mesma vai
para muito longe do catcher, ou não não pode ser alcançada sem um
esforço a mais dele. Permite jogadores avançarem em base.
Grand Slam: quando
um jogador rebate um Home Run com as bases lotadas, ou seja, um Home
Run de 4 corridas, a pontuação máxima numa rebatida só.
Runs Batted In ou Corridas Impulsionadas (RBI):
acontece quando há uma rebatida (válida ou de sacrifício) em que um
corredor que esteja em base consiga chegar ao home plate a salvo e
anotar a corrida ou também quando, com todas as bases ocupadas, o
pitcher cede um walk ou um HBP, fazendo com que todos os jogadores que
estejam em base avancem e, assim, o que estava na terceira chega ao home
plate.
Caught Stealing ou Capturado Roubando (CS):
jogador pego pela defesa adversária enquanto tentava roubar base. Para
que a eliminação ocorra, ele não pode estar em contato com a base e o
jogador do time adversário deve tocá-lo com a bola, sem que tenha
ocorrido uma rebatida. Por vezes quem faz isso é o pitcher que, ao invés
de arremessar para o catcher visando a eliminação do rebatedor,
arremessa para o defensor da base ameaçada para que este possa “queimar”
o “ladrão”, eliminando-o.
Bunt:
é uma rebatida extremamente fraca, que faz com que a bola caia muito
mais perto do batedor do que a defesa espera, no infied. O objeitvo do
bunt é desarmar a defesa adversária para impulsionar corrida.
Sacrifice Bunt ou Bunt de Sacrifício:
é a jogada na qual o rebatedor executa o bunt para avançar um corredor
para a próxima base. Às vezes o próprio rebatedor acaba chegando em
base, se o infield adversário cometer um erro na jogada ou conseguir
eliminar apenas um dos jogadores, escolhendo o que está em base mais
avançada.
Sacrifice Fly (SF): ocorre
quando, o rebatedor é eliminado por Fly Out (rebate uma bola alta para o
outfield). Isso permite que o corredor que está na terceira base chegue
ao home plate sem ser eliminado, sendo que este só pode sair da sua
base quando a bola tocar a luva do defensor.
Double Plays (DP):
acontece quando, com uma rebatida, se elimina dois adversários. A mais
comum ocorre com a 1ª Base ocupada, quando o corredor não chega a tempo
na 2ª Base e o rebatedor também é queimado antes de alcançar a 1ª.
Save: é uma situação que ocorre quando um Reliever entra no jogo e atende um dos requisitos:
- Arremessa no mínimo 3 entradas completas e o time vence;
- Entra quando o time está com no máximo três corridas na liderança e arremessa no mínimo 1 entrada completa;
- Entra numa partida em que o adversário está com potencial de empate
(diferença de 4 corridas, com as bases lotadas, por exemplo) e não perde
a liderança.
*Um pitcher nunca receberá um Save se seu time perder a liderança do
placar, mesmo que depois ele a recupere. Se ele sofre um empate, por
exemplo, e os rebatedores dão a vitória ao time na meia-entrada
seguinte, ele será creditado com a vitória e o jogo não terá nenhum
save.
Ball: é o
arremesso que não entra na zona de strike e não é rebatido pelo
rebatedor. Se o arremesso toca o chão e quica para a zona de strike, é
considerado “ball”.
Fielder’s Choice:
É uma chamada anotada pelo marcador oficial da MLB. Ocorre quando um
rebatedor chega em base pelo fato do infielder/outfielder ter preferido
eliminar outro jogador em vez dele.
Fonte: http://www.mlbbrasil.com.br/o-basico-do-beisebol/