Concordando com o Guia do Mochileiro das Galáxias, criado por Douglas Adams, o número 42, além de ser a resposta da pergunta fundamental da ficção, parece também ser a resposta para o início da igualdade racial, pois este número é a camisa que Jackie Robinson vestiu em sua estreia na Major League Beisebol (MLB), comemorando 66 anos, neste final de semana.
Para quem não sabe, Jackie Robinson foi o primeiro Afro-Americano a jogar, na MLB, pelo Brooklyn Dodgers, em uma liga onde o racismo era uma projeção do país e toda a sua cultura de ordem escravocrata, devido a recente abolição estadounidense.
E não foram poucos os feitos realizados: O jogador que mais roubou bases, incluindo da terceira base para o home plate, eleito o novato do ano em 1947, campeão da World Series (WS) – 1955, o jogador mais valioso – 1949, incluindo aposentando o seu número da camisa de jogo, não só no Dodgers, como acontece geralmente, todavia em todo o beisebol.
Não irei fazer uma biografia de Jackie Robinson, mas quase um culto ao feito que ele não conseguiu por jogada política ou outros fatores catalizadores que já conhecemos, ingressar na MLB, todavia pelas questões raciais e opiniões preconceituosas. Ele foi e mostrou para que veio.
A estadia na MLB, para Jackie Robinson, não foi fácil, devemos lembrar que foi feita uma das principais quebras de um tabu, diante disso, como o próprio trailer do filme #42 mostra, ele sofreu preconceitos físicos e psicológicos de até mesmo de seus próprios colegas de time, inclusive o incidente quando estava nos Royals, time da triple A – o maior patamar da minor league – no qual Robinson não foi permitido a ficar com seus próprios colegas no hotel no treino de primavera da temporada de 1946.
Não digo que foi mera sorte, não foi! O que teria acontecido se ele falhasse, ou não tivesse feito estatísticas tão altas, Avg baixos? Provavelmente esta discussão, na forma de tabu na época, ainda permaneceria por muito mais tempo dentro da cultura americana, pelo fato de utilizar-se de um “nazismo próprio” que estariam como alvo latinos? Negros? Asiáticos? Certamente sim. Posso até dizer sobre Jackie, é um mensageiro enviado por Deus para mostrar ao mundo que as melhores pessoas não são distinguidas por cor, religião, todavia pela sua capacidade de mudar o ambiente que nos cerca e Robinson fez essa missão com louvor, talvez sendo realmente a resposta fundamental o número 42
Por Fernando Fonseca

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