quinta-feira, 11 de abril de 2013

O Básico do Beisebol

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George Silk—Time & Life Pictures/Getty Images
O Beisebol não é um esporte muito fácil de se entender e, além disso, é pouco praticado no Brasil. Assistir pela televisão aos jogos pode se tornar um tanto chato, mas não porque o jogo não é legal e sim porque você pouco entende o que se passa, não é? Beisebol é muito mais do que rebater a bolinha para longe! Através do nosso guia, esperamos ajudá-lo a perceber isso.
O guia é um pouco extenso, mas pode ser lido em partes. Várias partes são exemplificadas com vídeos que estão linkados ao longo do texto. Aproveitem!

Fonte: http://www.mlbbrasil.com.br/o-basico-do-beisebol/ 

1 – O Objetivo do Jogo

No beisebol, um time deve anotar mais corridas que o outro para vencer a partida. Os jogos são divididos em 9 tempos (tempo regulamentar), que são chamados de “entradas”. Cada entrada é dividida em duas partes, onde um time ataca de cada vez. Um jogo empatado ao final da 9ª entrada vai para “entradas extras”. Isso significa que o jogo nunca terminará empatado (na pré-temporada da MLB isso pode ocorrer para evitar um desgaste muito grande).

2 – O campo de jogo

O campo de jogo tem basicamente 3 áreas: o campo interno, que é o quadrado entre as bases; o campo externo, que é a parte “atrás” do campo interno; e o território foul, que determina a área na qual a rebatida não é válida. Veja a imagem abaixo:
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3- Quem ataca e quem defende?

Como vimos, as entradas são divididas em duas partes. Elas são chamadas parte alta/topo e parte baixa da entrada. Na parte alta, o time visitante ataca e o time da casa defende. Na parte baixa, ocorre a inversão.
O ataque deve anotar corridas para vencer o jogo. Ele faz isso colocando os jogadores em base e os impulsionando de volta para o Home Plate. Um Home Run, jogada mais famosa do beisebol, faz o jogador dar a volta completa nas bases e anotar a corrida. Quem estiver em base, também voltará ao Home Plate.
Quem verifica a validade das corridas e das rebatidas são os “umpires”, que são os juízes do jogo. Cada jogo tem 4 umpires, um para cada base do infield. Ao umpire do Home Plate, cabe a definição da Zona de Strike (veremos a seguir).

4 – Quantos jogam e quais as posições?

Cada equipe terá 9 jogadores em campo durante todo o jogo: catcher, arremesador (pitcher), 1ª Base, 2ª Base, 3ª Base, Short Stop, Right Fielder, Center Fielder e Left Fielder. O que cada um faz?
4.1 – Arremessador
Ed Walsh é o arremessador com menor ERA durante a carreira: 1.82
Ed Walsh é o arremessador com menor ERA durante a carreira: 1.82
O arremessador ou pitcher (P) é responsável por realizar os arremessos do time, procurando eliminar os adversários. É ele que fica sobre o montinho. O objetivo do arremessador é conseguir um strike. E ele pode conseguir isso de três jeitos:
  1. Arremessar a bola na zona de strike* e o rebatedor não tentar a rebatida, o chamado “called strike”;
  2. Arremessar a bola em qualquer área e o rebatedor, tentando rebater, não obter êxito, o chamado “swinging”;
  3. O rebatedor rebater a bola para a zona do campo além de foul line, a chamada “foul”. Este só é contado como strike até a contagem estar com 2 strikes, depois disso, o rebatedor pode rebater infinitas fouls sem ser eliminado por strikeout.
O “walk” (andada) também acontece aqui. Como? Num arremesso fora da zona de strike e sem nenhuma ação do rebatedor, ocorre uma “ball”. Com 4 “balls” contra um mesmo rebatedor, o arremessador cede um “walk”. O “walk” é o passe-livre para a 1ª base. Se a 1ª base estiver ocupada, o jogador que estava lá passa para a 2ª base automaticamente, cedendo o lugar ao jogador que recebeu o “walk” do pitcher.
O beisebol tem uma divisão muito precisa de arremessadores. Existem os arremessadores titulares, que como o nome indica, começam o jogo e os arremessadores “relievers”, que vêm do bullpen para substituir o titular.
O ideal é que um arremessador titular fique em campo por 6 ou 7 entradas. Logicamente ele pode ficar mais ou menos tempo. Vai depender de sua performance e da quantidade de arremessos que já deu. Geralmente, não se vai muito além da barreira de 100 arremessos num jogo da MLB. Quando ele permanece em campo durante as nove entradas, diz-se que fez um “jogo completo”.
O arremessador que vem do bullpen tem função específica e geralmente não joga mais que uma entrada completa. Só se o arremessador titular sair muito cedo do jogo. A função mais famosa entre relievers é a de fechador, que geralmente entra na última entrada quando a diferença é 3 corridas ou menos, e tenta confirmar a vitória. Nesse caso, ele garante um save.
Exemplos: Justin Verlander, Stephen Strasburg, Matt Cain, CC Sabathia, Clayton Kershaw (titulares); Jonathan Papelbon, Jason Motte, Mariano Rivera, Jim Johnson (bullpen/relievers)
* 4.1.1 A Zona de Strike (strike zone)
A zona de strike é uma área imaginária que ficam acima do Home Plate e tem o seu formato. Ou seja, é um prisma pentagonal, que tem o home plate como base (largura) no qual o arremessador deve acertar a bola para conseguir um strike.
As regras do beisebol definem que a zona de strike deve ter seu topo no ponto médio entre o ombro do rebatedor e a parte mais alta de seu uniforme. O limite inferior da zona é exatamente abaixo da rótula (patela) do atleta no bastão.
Na prática, a zona de strike é algo como a figura abaixo, mas pode variar bastante de umpire para umpire, e até mesmo dentro do jogo.
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4.2 – Catcher
Yadier Molina é um dos melhores catchers da MLB atualmente
Yadier Molina é um dos melhores catchers da MLB atualmente
O catcher (C) é o atleta que fica posicionado atrás do rebatedor (jogador do time adversário), cheio de equipamentos de proteção. Ele é responsável por receber os arremessos lançados e não rebatidos. A ele também cabe a função de definir o tipo de bola que o arremessador vai mandar e ficar de olho nas bases, para evitar o roubo, já que ele tem uma visão privilegiada do campo.
É uma posição que exige muito conhecimento do jogo, do seu arremessador, e dos jogadores adversários. Por isso, uma grande quantidade de catchers acaba virando manager de Beisebol quando aposenta.
Não é comum se exigir muito ofensivamente do catcher, uma vez que ele é a base para a defesa do time.
Exemplos: Yadier Molina, Buster Posey, Joe Mauer, Carlos Santana, Brian McCann, Yogi Berra.
4.3 – Primeira Base
Lou Gehrig, um dos maiores de todos os tempo na posição
Lou Gehrig, um dos maiores de todos os tempo na posição
O 1ª Base (First Baseman – 1B) é responsável por defender o lado direito do infield e realizar as eliminações na primeira base. O 1ª Base faz boa parte das defesas que não são eliminações diretas. Como o corredor tem que chegar lá antes de qualquer outra base, as bolas rebatidas para o chão têm que chegar antes no 1ª Base para que ele possa eliminar o rebatedor.
Geralmente se exige que seja um atleta de boa estatura e boa flexibilidade, uma vez que ele tem que manter o pé na base e tentar receber a bola do companheiro que a agarrou. Também é importante ter reflexos rápidos.
Exemplos: Albert Pujols, Mark Teixeira, Joey Votto, Edwin Ercanacion, Adrian Gonzalez, Lou Gherig.
4.4 – Segunda Base
Robinson Canó está entre os melhores 2ª Base atualmente
Robinson Canó está entre os melhores 2ª Base atualmente
O 2ª Base (Second Baseman – 2B) fica posicionado no lado centro-direito do infield, sendo responsável por defendê-lo e pelas eliminações na segunda base. Tem que ser alguém rápido e que possa se livrar da bola rapidamente, sendo extremamente importante nas jogadas de double play.
Exemplos: Robinson Canó, Dustin Pedroia, Chase Utley, Jose Altuve, Roberto Alomar.
4.5 – Shortstop
Cal Ripken jogou todas as partidas dos Orioles durante 17 anos
Cal Ripken jogou todas as partidas dos Orioles durante 17 anos
O shortstop (SS) fica posicionado entre as 2ª e 3ª bases, geralmente mais próximo da 2ª. É uma uma das posições mais importantes defensivamente, uma vez que a maioria dos rebatedores é destra e, como tal, “puxam” a rebatida para o lado esquerdo, resultando em muitas bolas para o shortstop. Ele faz eliminações em todas as bases, geralmente lançando a bola para os jogadores em base. Como ele elimina bolas rasteiras que vão mais longe no infield, um bom Shortstop precisa ter um braço muito forte e preciso.
Mas o braço forte na defesa não quer dizer necessariamente um bom braço no bastão e não é raro que a posição seja ocupada por jogadores que estão ali somente por sua capacidade defensiva.
Exemplos: Derek Jeter, Troy Tulowitzki, Jimmy Rollins, Rafael Furcal, Cal Ripken Jr.
4.6 – Terceira Base
Adrian Beltre soprando uma beisebola na terceira base.
Adrian Beltre soprando uma beisebola na terceira base.
O 3ª Base (Third Baseman – 3B) é responsável por defender o lado esquerdo do infield e por realizar as eliminações na terceira base. Ele precisa ter bons reflexos, já que a bola rebatida pode chegar mais rapidamente na 3ª base (ele é o jogador mais próximo do rebatedor). É crucial que tenha um braço forte também, para arremessar e eliminar os jogadores na 1ª Base.
A 3ª Base é conhecida como hot corner (“esquina quente”) por sua proximidade com o rebatedor e o fato da maioria ser destra e puxar a rebatida para lá. A bola costuma passar na 3ª Base com uma velocidade muito grande, exigindo rápida reação do atleta que está lá.
Exemplos: Adrian Beltre, Miguel Cabrera, David Wright, Evan Longoria, Scott Rollen.
4.7 – Outfielders
Stan Musial virou Outfielder depois de sofrer lesão como arremessador. Foi um dos maiores da história.
Stan Musial virou Outfielder depois de sofrer lesão como arremessador. Foi um dos maiores da história.
Os atletas do Campo Externo precisam de velocidade e capacidade atlética para fazer defesas mais complicadas. Também é necessário ter um braço forte, para jogar a bola do Campo Externo até uma das bases.
Exemplos: Mike Trout, Ryan Braun, Matt Kemp, Andrew McCutchen, Carlos Gonzalez, Josh Hamilton, Giancarlo Stanton, Bryce Harper.
4.7.1. O Right Fielder (RF) é responsável por defender o lado direito do outfield. Geralmente é função executada por um bom jogador ofensivo e, não necessariamente, tão bom na defesa.
4.7.2. O Center Fielder (CF) é responsável por defender a porção central do outfield. É o Outfielder mais “completo”. Geralmente o mais rápido e com melhor braço para lançar a bola para o infield. É quem coordena as jogadas defensivas entre os Outfielders, para evitar colisões e erros, portanto, ele tem a autoridade para “mandar” os outros jogadores saírem da bola e deixarem para ele defender. Ele vê todos os jogadores em campo, sendo o mais afastado do campo externo.
4.7.3. O Left Fielder (LF) é responsável por defender o lado esquerdo do outfield. Geralmente é o Outfielder com o braço menos forte, por não precisar jogar a bola tão longe. Ainda assim, como todas as posições localizadas mais à esquerda do campo, recebe muitas bolas de rebatedores destros.

5 – Duelos no bastão

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5.1 – Ordem de rebatida
A ordem de rebatida (batting order, batting lineup ou lineup) é a sequência na qual o time apresenta seus jogadores para atacar. Cada um na ordem tem uma função específica. Vejamos:
1º da ordem: rebatedor de ‘leadoff’ – Geralmente é o atleta mais rápido correndo bases do time. A função dele é chegar em bases e avançar para uma posição de anotar corrida (2ª e 3ª bases) para que os rebatedores na sequência possam impulsioná-lo para o Home Plate. Exemplos: Ichiro Suzuki, Ian Kinsler, Mike Trout, Jose Reyes.
2º da ordem – É um rebatedor com bom aproveitamento no bastão (de preferência na casa de 30%) e capacidade de realizar bons bunts. Ele deve ajudar o rebatedor de leadoff a chegar numa posição de anotar corrida. Eles geralmente também são bons corredores de base e não necessariamente são rebatedores de força.Exemplos: Elvis Andrus, Brandon Philips,
3º da ordem – Posição importantíssima. É geralmente onde vemos grandes rebatedores de contato e de força. Alguns managers colocam o melhor do time aqui, alguns na 4ª posição. A função do 3º da ordem é chegar em base e impulsionar o topo da ordem para o Home Plate. Exemplos: Albert Pujols, Miguel Cabrera, Joey Votto, José Bautista, Robinson Canó.
4º da ordem: rebatedor de cleanup: Geralmente o rebatedor mais “bruto” do time. O mais forte, o com o braço mais calibrado. A função dele, como o nome indica, é “limpar as bases”. Ou seja, bater um Home Run e colocar todo mundo de volta no Home Plate. Exemplos: David Ortiz, Prince Fielder, Alex Rodriguez, Adrian Beltre.
5º da ordem: É o que fecha o “coração da lineup” (3º, 4º e 5º). Deve ter capacidade de levar os jogadores em base para o Home Plate. Também deve ser um bom rebatedor de contato e de força, para proteger o 3º e o 4º da ordem, evitando que eles sejam andados intencionalmente. Exemplo: Nelson Cruz.
6º da ordem: Parecido com o 5º. Na verdade, é uma parte da lineup que pode mudar de acordo com a fase dos jogadores. Exemplo: David Freese, Yadier Molina.
7º e 8º da ordem: São rebatedores mais fracos (exceto em lineups com muito talento). É comum que façam parte do time mais pela habilidade defensiva que pela capacidade no bastão. Também podem ser os jogadores mais lentos do time, que causariam muitas eliminações duplas caso estivessesm no topo da ordem.
9º da ordem: Quando se pode usar um rebatedor designado, o 9º da ordem geralmente é um jogador rápido e com bom aproveitamento no bastão, parecido com o 1º da ordem. Já nas ligas onde os arremessadores também rebatem, essa é a posição deles.
5.2 – Rebatidas
As rebatidas podem ser: simples, duplas; triplas; inside the park home run e home run.
  • Simples (Single): é a rebatida de uma base só. O rebatedor alcança a 1ª base com ela;
  • Duplas (Double): rebatidas mutibase. O rebatedor alcança a 2ª base com ela. Caso a jogada do rebatedor faça com que a bola toque o chão ou o muro do campo e depois saia dos limites, a rebatida dupla será computada automaticamente e todos os jogadores em base andarão duas bases (inclusive o rebatedor);
  • Triplas (Triple): rebatidas multibase. O rebatedor alcança a 3ª base com ela; Geralmente é uma bola que vai longe do alcance dos Outfielders e ainda apresenta um problema extra (como bater no muro e ir para mais longe ainda)
  • Inside the Park Home Run: o rebatedor vai até a 4ª base (home plate) com sua rebatida sem que ela saia do campo de jogo.
  • Home run: o rebatedor rebate a bola para fora dos limites do campo, na área que não seja considerada foul. Todos os jogadores em base anotam a corrida (inclusive o rebatedor). 
Pode acontecer também o RBI, que é a corrida impulsionada por uma rebatida de um jogador do mesmo time, anotando, assim, uma corrida.
5.3 – Eliminações
strikeout
O objetivo do time que está defendendo é eliminar 3 adversários para que a entrada alterne da parte alta (topo) para a parte baixa (bottom) e, por conseqüência, termine. Podem acontecer das seguintes formas: strikeout; fly out; ground out; force out e tag out.
  • Strikeout: ocorre quando o arremessador consegue 3 strikes contra um mesmo rebatedor. Mas tem um porém: foul balls só contam como strike até o número 2 na contagem. A partir daí, qualquer foul ball não é considerada um strike. A atitude de rebater foul balls em arremessos é chamada “proteger a zona de strike”;
  • Fly Out: o rebatedor rebate a bola que é “agarrada” por um jogador da defesa do time adversário antes que a bola toque o chão. A eliminação do rebatedor é automática neste caso;
  • Ground Out: ocorre quando após uma rebatida, o jogador de defesa pega a bola depois que ela toca o chão e lança até a 1ª base. Na 1ª base, há outro defensor pisando nesta base (o “plate”) e caso ele agarre a bola lançada, elimina o rebatedor desde que ele não tenha tocado a base;
  • Force Out: ocorre quando o corredor é forçado a correr para a base seguinte, mas não chega a tempo de tocar a base antes do defensor com o domínio da bola.
  • Tag Out: ocorre quando, entre as bases, o corredor é tocado por um jogador da defesa que esteja com o controle da bola.

6 – Como anotar uma corrida

A base é o local onde o jogador está à salvo e ele lá permanecerá até que outro rebatedor de seu time consiga uma rebatida válida. É a ciranda de 4 bases. A corrida é anotada sempre que se chega ao home plate, que é a 4ª base. Cada corrida vale 1 ponto.
Além da corrida anotada, se avança bases ao roubá-las e com o erro do time adversário.
  • Roubar base: quase como brincar de queimada. Enquanto o corredor pode tentar roubar a base quando há um rebatedor (de seu time) enfrentando um arremessador. Para isso, ele deve correr até a base antes que a defesa perceba e o toque com a bola;
  • Erro do adversário: o erro é no setor defensivo, seja por lançamento errado (throw), seja por defesa perdida (fielding).
Erros:
  • Lançamento errado (throw): sempre que um jogador de defesa lançar a bola para outro jogador da defesa e este lançamento for muito alto, muito baixo ou na direção errada e, com isso, impossibilitar que a bola seja agarrada. Caso o lançamento seja tão ruim a ponto de parar na arquibancada, cada jogador do ataque avança automaticamente 2 bases;
  • Defesa perdida (Fielding): ocorre sempre que um defensor não consegue apanhar a bola em uma situação relativamente fácil. Por exemplo, quando o Right Fielder não conseguir agarrar a bola se posicionando de forma errada no campo. Assim, o adversário chega na base sem ser eliminado.

7 – Glossário

Ninguém entende um jogo de beisebol se não conhecer pelo menos os termos comumente utilizados durante o jogo, além das regras básicas vistas acima. Preocupados com isso, reunimos aqui os termos e seus significados:
Earned Run Average (ERA): É a média de corridas merecidas cedidas pelo arremessador por nove entradas arremessadas. É o resultado divisão entre corridas merecidas cedidas e entradas jogadas multiplicado por 9.
Corrida Merecida (Earned Run, ER): É a corrida que o time sofre e que o arremessador é considerado o responsável por ela. Se ele sai do jogo deixando atletas em base, por exemplo, e esses atletas alcançarem o Home Plate, anotando corridas, os pontos serão colocados na sua conta.
Rotação: é o revezamento entre arremessadores (pitchers) titulares. A rotação mais comum é a de cinco jogadores. A cada jogo, um arremessador começa o jogo, e assim vai até começar tudo de novo. Assim, um arremessador titular arremessa com 5 ou 6 dias de descanso.
Reliever: é o arremessador (pitcher) reserva que entra no decorrer do jogo para substituir qualquer dos arremessadores, seja o que começou o jogo, seja o que entrou como substituto do primeiro pitcher. Existem algumas classificações:
a) Long reliever: é o que entra no lugar do arremessador que iniciou o jogo logo no começo da partida, seja porque o que começou se lesionou, seja por estava mal no jogo. Este ano já aconteceu com o New York Yankees (jogo 2, Hiroki Kuroda saiu com uma lesão na mão, dando lugar a Cody Eppley); É um arremessador que tem um braço que dura bastante, mas não o suficiente para começar um jogo ou manter o nível durante 6, 7 entradas.
b) Left-Handed Specialist (Especialista canhoto): substituto que entra com o propósito específico de eliminar rebatedores canhotos e garantir uma eliminação;
c) Setup: é um arremessador seguro, que entra na 8ª entrada de um jogo equilibrado com a missão de garantir a vantagem que seu time tem, segurando, assim, o jogo para o closer resolver; Geralmente é o segundo melhor reliever do time.
d) Closer: na maior parte das vezes o closer é o melhor arremessador do bullpen. Entra na 9ª entrada quando necessário para garantir a vitória de seu time. Em jogos que o time está vencendo por uma boa diferença de corridas, o closer não é usado, para poupá-lo.
Bullpen: local onde os arremessadores reservas fazem o aquecimento. Mas as vezes o termo é usado para designar o conjunto de arremessadores reservas (relievers). Exemplo: “o Bullpen do Colorado Rockies é muito forte”.
Pinch Hitter: é o rebatedor que substitui outro em sua vez de rebater. Pode acontecer, por exemplo, no final de uma partida, quando o técnico opta por colocar um rebatedor com mais força, ou que seja mais seguro/experiente. Uma situação muito comum é o arremessador do time ser substituído por um pinch hitter já numa entrada avançada.
Pinch Runner: substituto de jogador que está em uma das bases. Geralmente, entra no lugar de um jogador que é lento/pesado, para tentar anotar uma corrida em entradas avançadas.
Switch Hitter: é o rebatedor ambidestro. Um trunfo no time, pois se o arremessador adversário é destro, o switch hitter rebate como canhoto, e vice-versa.
Sweep ou Varrida: acontece quando um time vence sua série de jogos sem perder nenhum deles. Nesta temporada regular de 2013, na primeira rodada, tivemos a varrida do Washington Nationals sobre o Miami Marlins (3-0).
Strikeouts (SO): um strikeout ocorre sempre após três strikes realizados pelo arremessador.
Bases on Balls ou Walks (BB): acontece toda vez que o pitcher arremessa quatro balls contra um mesmo rebatedor. O rebatedor tem “passe livre” para a primeira base.
Hit By Pitch (HBP): um pitcher é creditado com um HBP quando o seu arremesso acerta o rebatedor, desde que fora da zona de strike, fazendo com que o rebatedor avance até a primeira base. O umpire também precisa considerar que o rebatedor tentou se “livrar” da bolada para que o mesmo chegue na primeira base.
No-hitter: ocorre quando o arremessador não cede nenhuma rebatida durante as 9 entradas. Se o rebatedor não ceder walk ou hit by pitch, teremos um Jogo Perfeito, porque ninguém chegou em base.
Wild Pitches (WP): é quando o pitcher arremessa sem controle total da bola e a mesma vai para muito longe do catcher, ou não não pode ser alcançada sem um esforço a mais dele. Permite jogadores avançarem em base.
Grand Slam: quando um jogador rebate um Home Run com as bases lotadas, ou seja, um Home Run de 4 corridas, a pontuação máxima numa rebatida só.
Runs Batted In ou Corridas Impulsionadas (RBI): acontece quando há uma rebatida (válida ou de sacrifício) em que um corredor que esteja em base consiga chegar ao home plate a salvo e anotar a corrida ou também quando, com todas as bases ocupadas, o pitcher cede um walk ou um HBP, fazendo com que todos os jogadores que estejam em base avancem e, assim, o que estava na terceira chega ao home plate.
Caught Stealing ou Capturado Roubando (CS): jogador pego pela defesa adversária enquanto tentava roubar base. Para que a eliminação ocorra, ele não pode estar em contato com a base e o jogador do time adversário deve tocá-lo com a bola, sem que tenha ocorrido uma rebatida. Por vezes quem faz isso é o pitcher que, ao invés de arremessar para o catcher visando a eliminação do rebatedor, arremessa para o defensor da base ameaçada para que este possa “queimar” o “ladrão”, eliminando-o.
Bunt: é uma rebatida extremamente fraca, que faz com que a bola caia muito mais perto do batedor do que a defesa espera, no infied. O objeitvo do bunt é desarmar a defesa adversária para impulsionar corrida.
Sacrifice Bunt ou Bunt de Sacrifício: é a jogada na qual o rebatedor executa o bunt para avançar um corredor para a próxima base. Às vezes o próprio rebatedor acaba chegando em base, se o infield adversário cometer um erro na jogada ou conseguir eliminar apenas um dos jogadores, escolhendo o que está em base mais avançada.
Sacrifice Fly (SF): ocorre quando, o rebatedor é eliminado por Fly Out (rebate uma bola alta para o outfield). Isso permite que o corredor que está na terceira base chegue ao home plate sem ser eliminado, sendo que este só pode sair da sua base quando a bola tocar a luva do defensor.
Double Plays (DP): acontece quando, com uma rebatida, se elimina dois adversários. A mais comum ocorre com a 1ª Base ocupada, quando o corredor não chega a tempo na 2ª Base e o rebatedor também é queimado antes de alcançar a 1ª.
Save: é uma situação que ocorre quando um Reliever entra no jogo e atende um dos requisitos:
  • Arremessa no mínimo 3 entradas completas e o time vence;
  • Entra quando o time está com no máximo três corridas na liderança e arremessa no mí­nimo 1 entrada completa;
  • Entra numa partida em que o adversário está com potencial de empate (diferença de 4 corridas, com as bases lotadas, por exemplo) e não perde a liderança.
*Um pitcher nunca receberá um Save se seu time perder a liderança do placar, mesmo que depois ele a recupere. Se ele sofre um empate, por exemplo, e os rebatedores dão a vitória ao time na meia-entrada seguinte, ele será creditado com a vitória e o jogo não terá nenhum save.
Ball: é o arremesso que não entra na zona de strike e não é rebatido pelo rebatedor. Se o arremesso toca o chão e quica para a zona de strike, é considerado “ball”.
Fielder’s Choice: É uma chamada anotada pelo marcador oficial da MLB. Ocorre quando um rebatedor chega em base pelo fato do infielder/outfielder ter preferido eliminar outro jogador em vez dele.


Fonte: http://www.mlbbrasil.com.br/o-basico-do-beisebol/

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